Cortar nas aulas de História para dar Cidadania é não compreender que não há presente – nem futuro – sem passado. Oliver Sachs, neurologista, teve vários doentes sem passado porque tinham perdido a memória – um vivia em 1970 e só tinha memória até ao fim da II Guerra, outro lembrava-se de tudo menos do que tinha acontecido há 5 minutos. Necessitavam de estar internados porque ambos estavam desprovidos de independência (e cidadania) porque a sua falta de memória era um perigo para eles, e por isso para toda a sociedade. Alunos sem História serão isso – um potencial perigo para eles próprios e, de certeza, uma ameaça à toda a sociedade. Porque não há populações formadas, cultas, democráticas sem saber de onde vêm.
aliás, de acordo com o seu raciocínio, o nº de horas dedicado às aulas de História até devia aumentar a cada ano que passa, porque também a História aumenta um ano, a cada ano que passa…