Passos Coelho conseguiu, pago pelos nossos impostos, destruir os serviços públicos, que já não existem com qualidade mas que continuamos a pagar. E acaba a dar aulas numa universidade pública, paga por nós, onde vai ensinar a outros como continuar a destruir serviços públicos, que continuaremos a pagar, mesmo quando já não existirem. O Estado é deles. Merece o lugar de catedrático. Quem não o conseguiu parar é que deve lamentar. A oposição real neste país está paralisada entre o corporativismo sindical, o eleitoralismo partidário e o colapso moral da esmagadora maioria dos intelectuais, que se recusam a criticar com substância o modelo social em que vivemos. Passos foi de Massamá ao Restelo a cavalo na vida política pública. Pagámos a conta toda.
O meu forte aplauso pelo retrato que faz desta miséria humana, social e política. Não caberia ao Conselho de Reitores impedir tamanho desaforo, que tanto nos envergonha? Não sei se o Ministério da Educação não deveria intervir – falamos, no mínimo, na formação superior das novas gerações!